Por: Valdemir Mota de Menezes, o Escriba
Quero
expressar minha opinião sobre a indagação do professor, visando fomentar
debates sobre a importância do meio-ambiente na genética.
CARACTERISTICAS
FÍSICAS PODEM SER ALTERADAS PELO AMBIENTE
O
professor Thiago Simão, da Unimes Virtual, na aula de Genética e Evolução,
trouxe a discussão a seguinte questão que transcrevo na íntegra:
“Analise
o caso: Irmãos gêmeos, criados em locais diferentes tanto em relação às
condições climáticas e ambientais quanto em relação à alimentação, exibem
caracteres diferentes, tais como: estatura, tonalidade de pele, resistência a
determinadas enfermidades, etc. Essas características podem ser alteradas pelo
ambiente? Mesmo sendo irmãos gêmeos, o genótipo e/ou o fenótipo podem sofrer
alterações devido à exposição ambiental? Dê sua opinião e/ou experiência.”
MINHA
REFLEXÃO:
Sim,
o ambiente proporciona alterações graduais e lentas nas características
físicas. Acredito na adaptação dos seres vivos ao ambiente em que vive. Estas
adaptações nunca me convenceram que poderiam criar novas espécies, como
alardeiam os evolucionistas, até porque até hoje não me deram uma minúscula
prova que me convencesse. Mas a história mostra que pequenas alterações físicas
podem ser paulatinamente modificadas quando o organismo interage com o
ambiente.
ESTATURA
Caso
dois gêmeos uni vitelinos sejam criados separadamente, com alimentação
diferente, um deles ingerindo hormônios de crescimento e outro não, poderá ao
longo dos anos constatarem-se diferença na estatura dos dois.
TONALIDADE
DA PELE
No
próprio gene há uma tolerância para que o organismo sofra algumas deformações e
adaptações para poder sobreviver no ambiente. Um exemplo é o caule de mamoeiro
e coqueiro que em linhas gerais são retos, mas dependendo do ambiente em que
esta plantando, os mesmos se encurvam para poder captar luz, porém, as sementes
destas plantas, se não tiverem dificuldade em captar luz, cresceram
perfeitamente na vertical, pois as adaptações que seus antecessores sofreram
não foram suficientes para modificar o genótipo do mamoeiro e do coqueiro. Acredito que toda a humanidade é oriunda de
uma mesma raiz genética e que temos todos, um pai comum, todavia, ao longo dos
séculos, os povos que estiveram expostos a certas condições climáticos por
sucessivas gerações tiveram mudanças no fenótipo e se aclimatizaram, sem,
contudo comprometer a preservação da sua espécie. A raça negra é fruto de um
processo de exposição ao clima com muita radiação de luz solar, que aumenta a
pigmentação escura da pele, as narinas abertas são mais adaptáveis a inspirar o
ar quente das savanas africanas, enquanto os habitantes das regiões mais frias,
como os europeus, possuem narinas mais fechadas. Gêmeos criados em ambientes climáticos adversos,
podem apresentar variações na tonalidade da pele. Se o organismo vivo não
tivesse esta flexibilidade, eles facilmente entrariam em extinção.
RESISTENCIA A DETERMINADAS ENFERMIDADES
Outra capacidade dos seres vivos é de
desenvolver anticorpos. A vacina é um estímulo para que o organismo desenvolva autodefesa
contra agentes micro bióticos externos e evasivos. Se um gêmeo é vacinado, ele
terá mais resistência a determinadas enfermidades, se o outro não for vacinado,
ele poderá ficar mais vulnerável as doenças. Alguns ambientes são infestados de
vírus, bactérias e fungos que podem ser mais danoso a saúde do gêmeo que vive
ali, por outro lado, o gêmeo que vive em ambiente higienizado e menos
insalubre, tem maiores possibilidades de manter-se saudável. O gêmeo que se
alimenta bem aumenta as forças do seu sistema imunológico, o gêmeo criado com desnutrição, terá baixa imunidade,
assim, o clima e a alimentação terão papel importante no desenvolvimento dos
dois irmãos.
CONCLUSÃO
Toda espécie de seres vivos possuem
dentro da sua constituição genética, um espaço para sofrerem variações que os
possibilitam de melhor sobreviverem no ambiente, mas repito, estas variações
mantêm cada ser vivo, engaiolado na sua própria espécie. Se todos os seres
humanos são descendentes do mesmo ancestral, temos que admitir que um dia no
passado, os humanos eram muito idênticos, mas as condições climáticas e a
alimentação de cada região foram abrindo o leque para as variações dentro da
própria espécie humana.
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